crítica

De Profundis Clamavi [Purgatório]



Divina Comedia – Purgatório, de Dante Alighieri, enc. João Brites, Teatro O Bando, 2019, (Fernando Luís e elementos do coro) [F] Paulo Reis Simões

Título: Purgatório | A Divina Comédia. Texto Dante Alighieri. Tradução: Sophia de Mello Breyner Andresen. Dramaturgia e Oralidade: Miguel Jesus. Encenação e Dramatografia: João Brites. Dramatofonia, Música e Direção: Musical Jorge Salgueiro. Coralidade: Juliana Pinho. Cenografia: Rui Francisco. Figurinos e Adereços: Clara Bento. Desenho de Luz: Nicolas Manfredini. Desenho de Som: Miguel Lima. Assistência à Encenação e Cenografia: Dora Sales. Produção: Filipa Ribeiro. Interpretação: Fernando Luís (Vergílio); Nélson Monforte (Dante); Rita Brito (Matilde); Sara Belo (Beatriz) e Coro Setúbal Voz (Multidão). Criação e Produção: Teatro O Bando. Coprodução: Fórum Municipal LuísaTodi/Câmara Municipal de Setúbal e Teatro Nacional D. Maria II. 

Fórum Municipal Luísa Todi, Setúbal, 6 de junho de 2019

O PURGATÓRIO é uma viagem inventada pelo Teatro O Bando para que permaneça em nós aquela curiosidade que reflete um inesgotável espírito de aventura. Aventuremo-nos, pois, todos nesta viagem onde, nem nós, nem os espectadores, se deslocam. Que com esta vivência sensorial comum, consigamos, juntos, chegar a um outro lugar.

João Brites in programa de Purgatório.

Em 2018, por ocasião da carreira da primeira parte desta obra pelo Teatro O Bando – Inferno –, referi, na Sinais de Cena II 3[1], a dificuldade de operar a Divina Comédia para palco. Atribui a eficácia e o excelente resultado da versão cénica de João Brites, à sua experiência, arquitetura e engenharia na transição de textos complexos para o teatro.

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